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Chuck Norris é celebrado hoje em dia como o big monstro casca-grossa e senhor de todos os segredos na hora que o pau come solto. Mas, saibam vocês, que o Mr. Bigode Poderoso talvez não fosse metade do que foi/é se não tivesse cruzado o caminho de um chinesinho nascido Lee Jun-fan, e conhecido como Bruce Lee. Chinesinho, na verdade, é pura força de expressão ao estereótipo de sua etnia, já que o mestre do Kung Fu nasceu em São Francisco, em 1940. Ainda criança voltou com seus pais para Hong Kong, onde viveu até os 18 anos, quando emigrou de volta aos EUA.
Não se sabe a fundo sobre o quanto Lee ensinou a Norris, apenas que ambos se tornaram bons amigos. Embora isso não impedisse Lee de “humilhar” Norris em algumas oportunidades, como no Campeonato Internacional de Karatê de Long Beach, em 1964. Testemunhas afirmaram naquela época que o pequeno dragão fez o grande peludo – campeão e faixa preta – pedir desculpa “em alto e bom som”.
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Soa como um belo de um boato, mas vale o mito.
A verdade é que ambos se respeitavam muito. Tanto que Bruce Lee, quando teve autonomia para produzir o seu primeiro filme, “O Voo do Dragão” (1972), não teve dúvidas na hora de convidar Chuck Norris a participar da cena mais legal de seus longas (e para muitos – eu! – da história do cinema, ao lado da luta contra Kareem Abdul Jabbar). Nela, os dois travam um combate intenso, com golpes inteligentes e precisos, no Coliseu como pano de fundo. Simplesmente espetacular!
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Bruce Lee foi – e é até hoje, 40 anos após sua morte – um dos maiores ícones não só do cinema ou das artes marciais, mas também da cultura pop. Há tantas referências que fazem menção a sua figura e suas obras, que fica impossível medir o tamanho de sua influência em todos os cantos do mundo oriental e ocidental (de personagens de jogos de vídeo-game – com Fei Long e Liu Kang, passando por desenhos animados – como Rock Lee, de Naruto – até a Noiva de Kill Bill.
O mais impressionante, no entanto, é a quantidade de curiosidades um tanto quanto estranhas que marcaram sua vida e morte.
Por exemplo:
- O “apelido” de Bruce foi dado pela enfermeira que fez seu parto
- Jackie Chan começou sua carreira como dublê dos filmes de Lee
- O uso do nunchaku em seus filmes gerou críticas da imprensa por esta arma ser de uso proibido em muitos estados norte-americanos e outros países do mundo
- Uma de suas pernas era mais curta que a outra e ele era míope, tendo que usar lentes de contato em seus filmes
- Em 1970, levantando pesos sem aquecimento, ele feriu o quarto nervo sacro permanentemente. Os médicos disseram que ele nunca mais poderia chutar, mas ele duvidou e venceu o problema, apesar de ficar com dor crônica nas costas pelo resto da vida
- Esse problema nas costas o deixou seis meses em repouso. Ele aproveitou para ler e fazer anotações, que depois foram condensadas no livro “O Tao do Jeet Kune Do” por sua mulher, Linda, após a sua morte
- Tiveram que suspender a exibição de “A Fúria do Dragão” por uma semana para que pudessem organizar o trânsito na cidade, tal o caos que os fãs dele criavam ao tentar ver o filme
- Na falta de mulheres para atuar em “Operação Dragão”, o diretor Robert Clause contratou algumas garotas de programa de Hong Kong
- As cenas de funeral em que seu personagem forja seu assassinato em “Jogo da Morte” são reais. O cara no caixão é mesmo Bruce Lee e o povo nas ruas, são seus fãs, prestando a última homenagem. Grande parte desse filme foi feita com um dublê.
- A morte de Lee é cheia de mistérios. Mas, muitos médicos importantes foram chamados para a autópsia e confirmaram a mesma situação: o comprimido das dores de cabeça teve uma reação inesperada com medicamentos de um tratamento que ele fazia por conta, o que lhe provocou uma embolia cerebral. Coisa que acontece uma em cada um milhão. Porém, há uma história estranha sobre Lee e a máfia chinesa e, há quem diga que sua morte está ligada a essa questão.
- Seu filho, Brandon, morreu de forma trágica no set de filmagem de “O Corvo”, quando foi atingido por uma bala de verdade ao invés de um disparo de festim.
Chamem de maldições, segredos ou boatos, as histórias sobre Bruce Lee fazem parte do inconsciente coletivo e o elevam a um status além de simples ser humano ou grande ídolo. O tornam uma lenda, dono de uma imagem e aura imortais.